My Life Is A Mess!
Por onde começar?
Sinto que já não faço um post há décadas, por isso decidi passar por cá.
Ainda com o tema do último post às voltas na minha cabeça, não consigo pensar em mais nada para escrever aqui. Ainda para mais, vi "A Melodia do Adeus" no fim-de-semana (ZOMG, acho que formei um rio na minha sala) e com os últimos episódios desta nova temporada do Glee - sonhos, ambições: Juilliard, NYADA...
Sempre adorei música, tendo esta paixão aumentado ainda mais por volta do 6º-7º ano quando comecei a descobrir novas bandas por mim própria (não apenas o que os nossos pais ouvem e nós acabamos por ouvir também) - The Beatles, Red Hot Chili Peppers, etc. E também com a minha entrada para uma pequena Escola de Música pero de minha casa, desenvolvi os meus conhecimentos e as minhas capacidades ao juntar-me à banda sinfónica existente, e ao aprender a tocar alguns instrumentos, de entre eles o meu predilecto: contrabaixo eléctrico.
É claro que isto tudo iria influenciar o meu gosto pela música, de vez em quando oiço música clássica e adoro um bom arranjo de uma música rock/metal tocado por uma orquestra, a várias vozes. Mas não falando apenas do género de música que tocava e passei também a ouvir, tudo isto influenciou também um pequeno prazer, não sei se poderei chamar-lhe um hobby, o simples acto de cantar (quase sempre em casa, sozinha).
É uma coisa que esteve sempre presente na minha vida, e, provavelmente, na vida da maioria das pessoas (pelo menos, das de que conheço). Lembro-me de ser bastante jovem e trautear as músicas que ouvia na rádio, e de cantar letras de músicas que eu, tão inocentemente compunha, no quintal da minha tia.
Ao crescer, e com o conseguente desenvolvimento da minha voz, comecei a praticar "hobby" com um pouco de mais seriedade, com mais atenção aos tons e à letras... Eventualmente comecei a perceber que tinha uma voz, conseguia ser afinada. Sendo tímida, não foram muitos os meus amigos que alguma vez me ouviram cantar, mas os que ouviram penso terem afirmado que sabia cantar.
Isto pode soar idiota, mas acho que só aí é que me apercebi que eles podiam estar correctos. Não sei porquê mas às vezes pensava que podia estar tudo na minha imaginação, como aquelas pessoas que concorrem a concursos televisivos, como o Ídolos, e estão completamente seguras do seu talento até o jurí lhes dizer o completo oposto.
Não sei se tenho o talento necessário, mas já me passou pela cabeça candidatar-me a uma escola de música como a Berkelee College of Music ou a London Music School (relativamente a esta última, até fiz planos com uma colega minha para, depois de acabarmos o secundário, nos mudarmos para um apartamento em Londres e entrarmos nesta escola, mas acabámos por esquecer este plano um tanto ou quanto louco; enfim, planos a longo prazo quase nunca resultam). Não se tratando apenas do talento, mas também da percentagem de sucesso relativamente a uma carreira neste ramo, sempre me pareceu ser um caminho um pouco incerto.
Às vezes temos de deixar os nossos sonhos ficarem para trás e seguir o caminho mais viável, pois "os sonhos não pagam as nossas despesas". Mesmo que inúmeros filmes Hollywoodescos nos tenham dito, e continuem a dizer, para seguirmos sempre os nossos sonhos, no matter what.
Simplesmente não quero acabar a fazer uma coisa que não gosto para o resto da minha vida para me poder sustentar, porque fui demasiado cobarde para lutar pelos meus sonhos e ambições.
Mais uma vez, sei que, muito provavelmente, não sou a única a passar por todos estes dilemas existenciais, que talvez soem demasiado a mediocridade, mas, a partir do momento em que, a cada dia que passa, estou um passo mais perto do mundo que me espera lá fora, para lá da minha realidade, todas as nossas opções são postas em questão. Agora, toda a ajuda é necessária.
Believers Never Die,
TheBassGirl-182